Carta aos Migrantes
Fábio Zucco
Prezado Migrante,
O Sul tem recebido levas e mais levas de migrantes de todas as regiões da América Portuguesa, e sua contribuição tem sido inestimável, seja como força intelectual e de trabalho, seja enriquecendo a cultura sulista. Desejo, neste momento, dirigir-me a você que escolheu o Sul como sua terra adotiva, e como local para progredir e criar seus filhos. Migrante, o Sul agora também é o seu país. Abrace a nossa causa, a causa do Movimento O Sul É O Meu País-MSMP, que, no frigir dos ovos, passou também ser a sua.
Os motivos que levam alguém a abandonar sua terra natal e procurar refazer a vida em terras distantes são os mais variados. Não obstante, uma coisa é certa, ninguém sai deliberadamente de uma situação melhor para uma pior. Se essa migração ocorre em casos isolados, podemos deduzir que os motivos são de cunho pessoal, como, por exemplo, oferta de emprego. No entanto, quando essa migração ocorre em massa, é lógico deduzir que a região que está recebendo essas levas de migrantes oferece condições de vida mais atrativas e melhores. Assim, podemos supor com segurança que você migrante, junto com centenas de milhares, optou pelo Sul porque aqui você encontrou um local de maior possibilidade para prosperar e poder oferecer um futuro melhor para seus filhos.
Suponho que você deve ter chegado aqui no rastro de outros que vieram antes de você. É sempre assim. É assim, inclusive, com aqueles que optam em sair do país, para os Estados Unidos, por exemplo. Uns, os pioneiros, se cansam de esperar mudanças e se arriscam em novas plagas. As notícias viajam mais rápido do que as esperanças se desvanecem. Até que você, inspirado por esses precursores, reúne coragem e parte para um novo mundo. Dentro do país é menos traumático, já que não tem a barreira da língua, mas mesmo assim é um salto rumo ao incerto.
Pois bem, você se arriscou e optou pelo Sul. Em se considerando o grande número dos que vem e ficam, isso num processo que já dura mais de uma geração, só posso supor que as condições de vida cá estão melhores que lá. No comércio, nas indústrias, nas escolas . . . a presença dos migrantes é uma constante. E dos filhos desses. Até dos netos. Filhos do Sul, com raízes em todas as regiões da América Portuguesa. Que grande riqueza!
Mas os males que atingiram sua região de origem, migrante, estão cada vez mais presentes aqui no Sul também. Brasília não sossegará enquanto não subjugar o povo sulista, do qual você e seus filhos agora fazem parte também. O centralismo planaltino está cada vez mais acirrado: os impostos cada vez maiores e mais concentrados na capital federal; as leis cada vez mais repressivas; o empreendedorismo, traço marcante sulista, sendo combatido por forças que querem sujeitar qualquer tipo de autonomia individual ou regional. Amigo migrante, a continuar as coisas nesse ritmo, logo não haverá mais um Sul próspero para onde se albergar.
Você conhece melhor do que o nativo do Sul, porque viveu e sentiu na pele, o que é viver sob o jugo da tutela estatal. Te prometem e te dão assistência, e, sem você perceber, acaba enredado numa teia de dependência da qual não consegue mais sair, porque toda a sociedade e economia locais estão engessadas nessa ilusão assistencialista.
Dizem que a matriz étnica sulista é de maioria europeia. Já não tenho tanta certeza, haja vista tantos de outras regiões do Brasil e de outras etnias que aqui vivem. E o que importa, não é mesmo! O que não tenho dúvidas, é de que os que para cá migram o fazem para trabalhar e prosperar. Buscam oportunidade e paz. Sei que nem sempre as encontram, mas as chances ainda são bem maiores no Sul. Trazem na bagagem experiências e sonhos. Quem se desloca para outros cantos para melhorar de vida, só faz é contribuir. Então, muito obrigado, migrante!
Dito tudo isso, quero repetir o apelo que fiz no começo dessa carta: engaje-se em nossa causa, abrace a saga separatista do MSMP. Nós não nos limitamos em buscar o rompimento com Brasília, aquele polo sugador de riquezas e liberdades. Nós temos um projeto de país, focado na autonomia dos municípios e no respeito às liberdades individuais. É aquilo que uns chamam de Municipalismo, mas eu prefiro nomear de Localismo.
O Brasil é um projeto falido, um canto das sereias, uma ilusão urdida com os sonhos de quem ainda tem esperanças e insiste em acreditar que depois de 500 anos algo poderá mudar para melhor a partir da capital e de seus políticos. Você já viveu isso, já foi vítima do encanto assistencialista, e é por isso que optou pelo Sul. Libertar o Sul é a possibilidade de também libertar sua região de origem, tomada pela demagogia de políticos inescrupulosos. Aqui também os temos, mas o setor privado ainda é forte no Sul e a população depende pouco dos auxílios estatais, o que nos torna mais livres e fortes.
Veja, há movimentos separatistas em todas as regiões da América Portuguesa. Na sua terra natal há também. Uma vez o Sul Livre, isso automaticamente promoverá o acirramento pela independência em todos os cantos daquilo que hoje chamamos de Brasil, que não passa de uma união ilusória, artificial e mantida por pura violência, já que não respeita a vontade das populações locais.
Para terminar, amigo migrante, sulista de coração, não peço para você o ativismo, basta sua simpatia à causa. Mas uma simpatia atuante. Vista a camisa do movimento, adesive seu veículo, levante o assunto em suas redes sociais. Quem sabe até aquela bandeira na fachada de sua casa. Pense antes nos seus, e verá que a única certeza de deixar para eles como legado um país livre e próspero, é promovendo a independência da terra que você adotou.
Viva o Sul Livre – Nação Acolhedora!
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Um comentário
Resque Carvalho
ótimo artigo professor Fábio, é uma realidade difício para nós que somos nortistas ter que deixar nossa terra natal e irmãos para vir para o Sul.
Embora o Sul seja mais desenvolvido, gostaríamos de permanecer na nossa terra, agradecemos aos nossos irmãos do Sul por nos acolher e nos permitir recomeçar nossas vidas e nossos sonhos.